Evento promovido pelo Comitê de Bacia Hidrográfica reuniu empresas para abordar avanços necessários para o setor
Concessionárias de água e saneamento estiveram reunidas nesta quinta-feira (11), a convite do Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras, para debater sobre o Pacto das Águas e os avanços necessários para o setor na região.
O encontro foi no Parque dos Pássaros, em Rio das Ostras, e contou com representantes da CEDAE (Macaé), Águas de Casimiro, SAAES Rio das Ostras e Águas de Nova Friburgo, além do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica, Rodolfo Coimbra, explica que o planejamento é necessário em virtude da escassez de recursos hídricos para os próximos anos.
“A ideia é parar de pensar em responsabilidades individuais para alertar que a situação não é boa do ponto de vista regional, no sentido de quantidade de água, ou seja, da disponibilidade de recursos hídricos. Isso vai afetar a todos. Tanto quem abastece como quem trata do saneamento. Queremos mostrar para as partes qual é o envolvimento e a responsabilidade de cada um nesse processo”, disse ele após o encontro.
De acordo com ele, a próxima década pode ser crítica se houver falta de planejamento.
“A quantidade de água não é suficiente para os próximos dez anos. Precisamos identificar o problema e encontrar soluções coletivas para não deixar a região hidrográfica sem água para abastecimento e saneamento de uma forma geral”, completou.
Uma das palestras foi a do presidente da concessionária Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Casimiro de Abreu (Águas de Casimiro), Luiz Gomes Ferreira Junior. Ele explicou que a empresa está buscando investimento para mudar o sistema de captação de água, visando aumentar a capacidade de distribuição nos próximos 25 anos.
“Existe essa preocupação com os mananciais e a nossa perspectiva é buscar investimento para um novo sistema de captação. Atualmente captamos a água da nascente de Roncador de Fora, que vem sofrendo com a exploração subterrânea no distrito de Professor Souza. O objetivo é passar a fazer a captação pelo rio Macaé, aumentando a nossa outorga de 45 litros por segundo para 120 litros por segundo. Isso vai permitir dobrar a capacidade de abastecimento da população por pelo menos 25 anos”, anunciou.
Para Luiz Gomes, o Comitê de Bacia Hidrográfica vem cumprindo o papel de ser o fórum onde a sociedade se reúne para discutir as políticas públicas do setor.
“É importante ter esse contato com os outros prestadores, porque todos têm alguma dificuldade. E o papel do Comitê é justamente o de ser o parlamento que fortalece essas relações”, afirmou ainda.
Um segundo encontro será programado com o objetivo de abordar as questões relacionadas ao saneamento especificamente no município de Macaé. A data da reunião será divulgada em breve.