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Representação juvenil na gestão ambiental é tema da Carta da Juventude do FAJ 2021

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A política ambiental brasileira, a falta de fiscalização ambiental no país e a baixa representação da juventude nos espaços de gestão ambiental são as grandes preocupações demonstradas pelos jovens da Região Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras, na Carta da Juventude elaborada durante o VII Fórum Água e Juventude, realizado por videoconferência no dia 25 de novembro de 2021.

O evento é organizado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras, com o objetivo de fomentar o debate sobre a gestão dos recursos hídricos entre os jovens da região.

A presidente do CBH, Katia Albuquerque, deu início ao evento e apresentou a cofundadora da Plataforma CIPÓ, Maiara Folly. Ela falou sobre a “Participação dos jovens da sociedade civil brasileira na COP 26”, e também abordou temas como “Racismo Ambiental” e os impactos que a humanidade tem causado ao meio ambiente, defendendo que os jovens precisam estar engajados nas questões ambientais, pois serão os mais afetados no futuro.

Membro da Associação Raízes e diretora do CBH Macaé, Thayná Fernandes realizou a leitura da Carta do VI FAJ 2020, que abordou a preocupação sobre a privatização do saneamento no Brasil. Ela também apresentou a esquete “Para além das Águas”, do Grupo Acto Comunidade.

Cerca de 70 jovens participaram do evento online, que também contou com palestra do universitário Gabriel Lessa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que abordou sobre os “Impactos Ambientais na RH-VIII”. Ele falou sobre a questão do saneamento básico com enfoque na saúde pública, voltando o olhar para as periferias que possuem um baixo índice de saneamento, acarretando problemas sociais como o déficit escolar, por conta da transmissão de doenças causadas pela contaminação da água.

Os participantes também se dividiram em grupos para a realização de uma dinâmica sobre temas relacionados aos Impactos do desmonte das políticas ambientais e a importância da mobilização da juventude frente a esses impactos.

Veja na íntegra a VII Carta da Juventude 2021:

Evento Online, 25 de novembro de 2021.

Nós, jovens presentes no VII Fórum Água e Juventude do Comitê de Bacias dos rios Macaé e das Ostras, realizado por videoconferência, no dia 25 de novembro de 2021, debatemos a temática “Impactos do desmonte das políticas ambientais, na RH-VIII, e a importância da mobilização da juventude frente a esses impactos”. Através do olhar jovem, notamos e constatamos problemas quanto: a baixa implementação da política ambiental brasileira, que é boa em termos legislativos, porém, ainda é pouco executada e vem sendo flexibilizada nos últimos anos; a necessidade de universalização do saneamento básico; além da pouca fiscalização ambiental existente no país e na região, contribuindo para a degradação do meio ambiente. Outrossim, a juventude reunida no VII FAJ discutiu a baixa representação da juventude nos espaços de gestão ambiental participativo e o baixo conhecimento entre os jovens sobre as políticas ambientais e seu papel na gestão dos recursos hídricos, reforçando a ideia da necessidade de uma educação ambiental crítica.

Desta forma, pontuamos algumas propostas para que essa situação seja revertida:

Fortalecimento das políticas públicas e participação popular;
Melhoria nas ações em saneamento;
Divulgação de informações técnicas pelo poder público;
Elaboração ou Revisão de Planos de Manejo para fortalecimento das unidades de conservação e das comunidades no entorno;
Ampliação da divulgação da atuação do CBH Macaé para atrair a sociedade e aumentar a participação popular na gestão dos recursos hídricos;
Difusão de conhecimentos com o fortalecimento da educação ambiental;
Desenvolvimento de projetos de ação ambiental nas escolas de forma que as crianças sejam preparadas, desde cedo, a cuidar e preservar o meio ambiente;

O jovem tem o poder transformador, com isso, recomendamos no VIII Fórum Água e Juventude, em 2022, uma temática com uma abordagem sobre os impactos socioambientais das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e a necessidade da participação popular como forma de conter esses impactos, fazendo valer o Art. 225 da Constituição Federal de 1988, onde “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.